Quando conhecermos melhor esta carta, compreenderemos que a única coisa assustadora que possui é o nome.
Sempre que esta carta aparece, saliento o facto de a figura não estar enforcada pelo pescoço, mas sim presa por um tornozelo, e de não estar morta nem ferida. De facto, a figura aureolada, de cabeça para baixo, está viva e não parece ter pressa nenhuma para se desprender.Também não está desconfortável, pois tem a outra perna cruzada e os braços atrás de si, enquanto contempla o mundo, serenamente, do seu próprio ângulo. Trata-se de uma figura de movimento suspenso. Este tipo de mobilidade é difícil para a maioria de nós, especialmente se formos naturalmente agitados e não conseguirmos ficar « pendurados» à espera dos acontecimentos. Mas a mensagem é de que o tempo de espera não precisa de ser uma tortura. Tal como com a Papisa e o Eremita, estamos a ser incentivados à serenidade, a desacelerar e olhar para dentro. Se pudermos encontrar esta serenidade, será muito mais fácil atingir a aceitação, seja de uma situação seja de outra pessoa.
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Novembro 2015
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