A temática do alívio ou da bonança que se segue á tempestade pode ser primeiramente vista na Roda da Fortuna, que se segue a sombria carta do Eremita, e novamente na Estrela depois do choque da Torre.
Nesta altura da viagem, a serenidade da Temperança traz-nos alívio depois da dor e do medo da Morte, recupera o equilíbrio e fornece um momento de tranquilidade antes do encontro com o Diabo. Quando a temperança aparece numa leitura, a sua primeira exigência é a paciência. É uma carta de avaliação, reflexão e calma. A outra mensagem importante desta carta é o compromisso, o equilíbrio e a maturidade emocional. As taças correspondem ao elemento água, que está associado à nossa vida emocional, e o verter da água de uma taça para a outra ilustra o contacto permanente com o sentimento de ambos os lados e de ir com a corrente.Tem um pé na relva ( ligado à terra) e o outro na água (emoções). É esta combinação perfeitamente equilibrada de espírito prático e de sentimentos que é realmente importante, o reconhecimento do consciente e do inconsciente como dois lados da mesma moeda.
0 Comentários
Quando esta carta aparece numa leitura, a simples visão do esqueleto dentro da armadura negra é uma coisa tenebrosa e o leitor tem que mostrar o mais rapidamente possível a inutilidade das reacções de medo e de pânico.
A carta da Morte indica acontecimentos assustadores, dolorosos e traumáticos, e isso acarreta perda, dor, desespero ou desgosto profundo. Grandes mudanças para melhor podem ser o resultado final, mas normalmente é preciso que passe algum tempo, até que possamos olhar para trás, e dizer que esses tempos terríveis foram a melhor coisa que nos podia ter acontecido. A carta da Morte também simboliza ausência e sentimento, de modo que a perda ou afastamento de uma pessoa pode fazer parecer que esta morreu para nós. Quando conhecermos melhor esta carta, compreenderemos que a única coisa assustadora que possui é o nome.
Sempre que esta carta aparece, saliento o facto de a figura não estar enforcada pelo pescoço, mas sim presa por um tornozelo, e de não estar morta nem ferida. De facto, a figura aureolada, de cabeça para baixo, está viva e não parece ter pressa nenhuma para se desprender.Também não está desconfortável, pois tem a outra perna cruzada e os braços atrás de si, enquanto contempla o mundo, serenamente, do seu próprio ângulo. Trata-se de uma figura de movimento suspenso. Este tipo de mobilidade é difícil para a maioria de nós, especialmente se formos naturalmente agitados e não conseguirmos ficar « pendurados» à espera dos acontecimentos. Mas a mensagem é de que o tempo de espera não precisa de ser uma tortura. Tal como com a Papisa e o Eremita, estamos a ser incentivados à serenidade, a desacelerar e olhar para dentro. Se pudermos encontrar esta serenidade, será muito mais fácil atingir a aceitação, seja de uma situação seja de outra pessoa. |
Categorias
Todos
Arquivos
Novembro 2015
|