A figura real de uma mulher está sentada num trono, cujas vestes vermelhas estão adornadas por um manto dourado. Encontra-se entre dois pilares e, tal como a Papisa, pode ser vista como uma forma de unificação.
Numa mão têm uma espada que simboliza a necessidade da verdade, e na outra, uma balança, que representa a necessidade de equilíbrio e de justiça. Enquanto a Papisa nos convida para os reinos misteriosos da metafísica, a carta da Justiça simboliza as capacidades intelectuais da razão, pensamento e deliberação no seio do mundo humano, a capacidade crucial para qualquer sociedade humana. Curiosamente, a Justiça é representada por uma figura feminina, embora esta incorpore uma função que se atribui normalmente aos homens, a de manter a cabeça acima do coração. É a única figura dos Arcanos Maiores que segura uma espada, simbolizando a luta pela verdade, em contraste com a balança na outra mão, que nos recorda a necessidade de equilíbrio e de justiça. Ela é então, uma combinação do masculino e do feminino, do activo e do passivo, do guerreiro e do juiz. Defende a necessidade do pensamento lógico acima dos sentimentos, e sugere que os sentimentos sejam temperado pela objectividade.
0 Comentários
Após um encontro alegre com o Eremita, a Roda da Fortuna proporciona o alívio. Há ainda outras cartas difíceis, mas para já, a Roda da Fortuna joga a nosso favor, anunciando o inicio de um novo ciclo, e direcionando-o para o nosso destino.
Chegamos a meio caminho da viagem e, tal como o Mundo, a última carta dos Arcanos Maiores, esta carta tem imagens dos quatro signos fixos do zodíaco em cada um dos cantos - uma mulher para Aquário, a Águia para Escorpião, um touro e um leão para os signos do mesmo nome. Desta vez todos eles são alados, representados como figuras míticas ou híbridas.Mais uma vez como no Carro, a Esfinge é a figura central, aqui instalada no topo da roda e armada com uma espada. A roda é transportada às costas de uma grifo. A Roda da Fortuna, pode muitas vezes ser vista como o seu bom karma, ou o pagamento das suas recompensas. Sob muitos aspectos, o eremita representa o nosso primeiro desafio, na jornada da vida.
Ao contrário das outras cartas, o Eremita é velho, cinzento e sombrio, detendo-nos na nossa própria caminhada e obrigando-nos a colocar os pés na terra e a virar-nos para dentro de nós próprios. Quando a carta do Eremita aparece, pode também significar que a retirada é melhor do que o ataque. É insensato forçar as coisas ou pressionar os outros ou a nós próprios.De facto, as pessoas podem-se afastar-se mais se as pressionar. Também pode ser o caso contrário, de precisarmos de nos distanciar de alguém que de alguma forma é negativo ou problemático. Seja como for, é uma carta de espaço e tempo. A carta do Eremita pode aparecer a alguém que sofreu uma perda e está assolado pela dor. Trata-se da forma fundamental de solidão, que tem de ser suportada e para a qual não existe nenhum remédio além do tempo. |
Categorias
Todos
Arquivos
Novembro 2015
|